O aleitamento materno é como se fosse a água, regando uma semente para dar bons frutos.
Pensando em bons frutos, vamos ressaltar a importância da amamentação?
O leite do seu peito contém anticorpos que protegem o seu bebê contra infecções. Vômitos e diarreia (gastrenterite, que pode ser muito grave), infecções do peito, dos
ouvidos e da urina, são mais prováveis nos bebês alimentados a biberão.
A amamentação continuará a beneficiar o seu bebê à medida que ele for crescendo.
Sugere a pesquisa que os bebês amamentados têm um desenvolvimento mental
melhor. As crianças alimentadas a biberão enquanto bebês, acham-se expostas a um
risco maior de eczema e diabetes e tendem a ter uma pressão arterial mais alta que
as que tiverem sido amamentadas.
A amamentação é também benéfica para a mãe. Ajuda a que ela perca o peso que
ganhou durante a gravidez. Pode ajudar a protegê-la contra o cancro da mama e do
ovário, podendo ainda dar-lhe ossos mais fortes, mais tarde, na sua vida.
- Fortalecimento do vinculo mãe-bebê;
- Fornece nutrientes importantes para o desenvolvimento cerebral;
- Evita diarreias;
- Tende a se recuperar de doenças com mais facilidade;
- Defesa contra infecções;
- Diminui riscos de alergias;
- Proteção contra câncer de mama;
- Reduz a chance de obesidade;
- Facilita perca de peso da gravidez;
- Melhor qualidade de vida;
- Reduz custos financeiros;
- Melhor desenvolvimento da cavidade bucal do bebê.
Segundo o Ministério da Saúde qualquer criança pode, e deve, se alimentar apenas do leite materno nos seus seis primeiros meses de vida, não precisando comer ou beber mais nada – nem mesmo água ou chás, pois nele há tudo que o bebê necessita para estar nutrido, crescer e se desenvolver com saúde. Então mamães fiquem atentas quando alguém disser que o seu filho necessita tomar água ou chás para se manter hidratado, pois tudo o que seu bebê necessita está no leite materno.
Existem fatores que levam as mulheres a deixar de amamentar seus bebês. Entre eles:
- Falta de conhecimento necessário sobre como amamentar corretamente;
- Dor;
- Fissuras no seio;
- Sangramento;
- Doenças impossibilitantes, Ex.: VIH/HIV;
- Dificuldade na aceitação do bebê;
- Acreditarem que outros alimentos possam ser mais nutritivos ao seu bebê;
- Não querer amamentar.
É importante salientar que NÃO podemos nem devemos culpabilizar uma mãe que não quer
ou não pode amamentar, providenciando nestes casos os conselhos
adequados à prática de uma alimentação com leites artificiais, pois a decisão de amamentar é da mãe.
É recomendado pela SBP / OMS E MS:
- Aleitamento materno exclusivo até 6 meses de idade;
- A partir dessa idade introdução de alimentos complementares;
- Manutenção do aleitamento materno até 2 anos.
Para que a amamentação tenha sucesso, devem conjugar-se três
factores:
- A decisão de amamentar;
- O estabelecimento da lactação;
- O suporte da amamentação.
Definições sobre aleitamento materno
Aleitamento materno exclusivo: recebe apenas leite materno e nenhum líquido ou sólido, exceção para medicamentos.
Aleitamento materno predominante: recebe leite materno e outros líquidos como suco, chá ou água mas não recebe outro leite.
Aleitamento materno: recebe leite materno e outros alimentos incluindo leite não humano.
Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo. Nessa categoria a criança pode receber, além do leite materno, outro tipo de leite, mas este não é considerado alimento complementar.
Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2007).
Pontos-chave do posicionamento adequado
- Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo;
- Corpo do bebê próximo ao da mãe;
- Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido);
- Bebê bem apoiado.
Pontos-chave da pega adequada
- Mais aréola visívelacima da boca do bebê;
- Boca bem aberta;
- Lábio inferior virado para fora;
- Queixo tocando a mama.
Dez passos para alimentação saudável da criança:
- Aleitamento materno até 6 meses de idade;
- A partir do 6 mês, introduzir outros alimentos mantendo leite materno;
- Alimentos complementares a partir do 6 mês, 3 vezes ao dia se aleitamento materno e 5 vezes ao dia se desmamada;
- Alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando as vontades da criança;
- A alimentação deve ser espessa desde o início, oferecida de colher; começando como purê e aumentando gradativamente até chegar a alimentação da família;
- Oferecer a cada dia alimentos diferentes. Uma alimentação saudável também é colorida;
- Estimular o consumo diário de frutas verduras e legumes;
- Evitar açúcares , café, frituras, embutidos, balas, refrigerantes e outras guloseimas no 1º ano de vida. Consumo de sal deve ser moderado;
- Higiene no preparo e manuseio dos alimentos, e armazenamento adequado;
- Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar , oferecendo seus alimentos habituais, porém respeitando a aceitação.
Contra indicações temporárias:
Existem certas situações em que as mães não devem amamentar
os seus bebés, até essas mesmas situações estarem resolvidas;
por exemplo, mães com algumas doenças infecciosas como a varicela,
herpes com lesões mamárias, tuberculose não tratada ou
ainda quando tenham de efetuar uma medicação imprescindível.
Durante este período de tempo, os bebés devem ser alimentados
com leite artificial por copo ou colher, e a produção de leite materno
deverá ser estimulada.
Contra-indicações definitivas:
As contra-indicações definitivas do aleitamento materno não são
muito frequentes, mas existem. Trata-se de mães com doenças
graves, crônicas ou debilitantes, mães infectadas pelo vírus da
imunodeficiência humana (VIH), mães que precisem de tomar medicamentos
que são nocivos para os bebés e, ainda, bebés com
doenças metabólicas raras como a fenilcetonúria e a galactosemia.
Mesmo com todas as informações pertinentes sobre este assunto nos dias atuais, as taxas ainda são baixas. Portanto, o profissional da saúde tem um papel fundamental no aleitamento. Dar todo carinho, atenção e informações pertinentes para a mãe neste momento é muito importante para que o aleitamento exclusivo seja efetivo. O profissional precisa estar preparado para prestar uma assistência eficaz, solidária, integral e contextualizada, que respeite o saber e a história de vida de cada mulher e que a ajude a superar medos, dificuldades e inseguranças. (CASTRO; ARAÚJO, 2006)
Leia:
Guia prático de Amamentação (Clique aqui).
Manual de Aleitamento Materno (Clique aqui).
Almeida, João Aprigio Guerra de Amamentação: um híbrido natureza-cultura. / João Aprigio Guerra de Almeida. - Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1999.
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